domingo, 3 de abril de 2011

Da Gazeta do Povo

Muito legal a reportagem do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba/PR (neste sábado, 02/04) sobre raças de cães que marcaram época. Pequinês é um dos destaques. E o amigo Maurício Soares não podia ficar de fora com os maravilhosos: Dodi e Ramon, este último irmão da nossa Pequinês, Ully.
Veja a íntegra da matéria, a seguir, com uma das fotos publicadas na Gazeta do povo.

Queridinhos para sempre


Por serem exóticas ou terem protagonizado seriados de tevê e filmes, algumas raças de cães marcaram época e se tornaram o sonho de muitas famílias. Mesmo depois da moda passar, os donos garantem que os “preferidos” de outras décadas ainda são o maior

Publicado em 02/04/2011
RAFAELA BORTOLIN

Se hoje você sonha em ter um buldogue francês ou um shih-tzu, é bom saber: há duas décadas, a moda era ter um dachshund ou desejar um husky siberiano. Voltando um pouco mais no tempo, eram poucos aqueles que não queriam ter um pequinês em casa nos anos 1970 e não havia criança que não sonhasse em ter um collie igualzinho à personagem Lassie, dos seriados de tevê, na década de 1950.

Cuidados

Se você é do tipo que sonha com um cachorrinho que está na moda, veja algumas dicas importante para fugir de problemas:

- Busque informações sobre os prós e contras com médicos veterinários de confiança e outras pessoas que tenham cachorros da raça escolhida.

- Procure um canil com boas referências e filiado ao Kennel Club.

- Evite comprar animais em feiras.

- Verifique se as características da raça (principalmente o temperamento) condizem com a sua expectativa e a estrutura disponível. Verifique se o animal exige muito espaço, se dará muitos gastos com alimen¬tação, tosa e banhos e se é do tipo que precisa de muita atenção dos donos.

- Na dúvida, dê uma chance para os cachorrinhos SRD e opte pela adoção.

Famosas por serem estrelas de cinema ou por serem exóticas, grandes ou pequenas, muito simpáticas ou com fama de mal humoradas, é comum que algumas raças marquem época, virem as “queridinhas” das famílias na hora de escolher um pet e, em pouco tempo, tornem-se raras – mas não menos queridas.

“Muitos donos optam por uma raça para não destoar do grupo de amigos e familiares ou para acompanhar novelas e filmes – por este motivo de tempos em tempos há alternância no perfil dos cães mais procurados”, explica o médico veterinário e conselheiro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR) Ricardo Maia.

O presidente do Kennel Clube da Grande Curitiba, João Ihor Huczok, concorda e diz que as tendências são percebidas no número de registros efetuados na entidade. “Entre os de grande porte, não há distinção entre as raças, mas entre os pequenos a procura sempre oscila: as preferidas hoje são buldogue francês, jack russel terrier, pug e shih-tzu, todas de companhia.”

Mas se hoje collies e pequineses não são tão procurados quanto há algumas décadas, entre os proprietários e criadores, a paixão por eles continua a mesma. Confira algumas dessas histórias:

Collie

Nos anos 1940 e 1950, ter um collie em casa era o sonho da maioria das famílias em todo o mundo. O motivo? Lassie, uma corajosa cachorrinha que saiu dos livros de ficção para se tornar estrela em filmes e séries de tevê. “O primeiro filme, de 1943, foi um marco porque tornou os collies admirados pelo companheirismo”, explica o jornalista e criador Luiz Augusto Xavier, que ganhou um cão dos pais ainda na infância. “Há vinte anos, quando comprei uma chácara em Campina Grande do Sul, decidi adquirir um collie e batizei-o de Jipe, homenageando meu companheiro de infância.”

Em pouco tempo, a propriedade virou um grande canil, com 15 collies das mais variadas idades. “Conheço todos pelo nome e sei o temperamento de cada um. Alguns levo para exposições e concursos nacionais e internacionais”, diz. Para mais informações, o site do canil é www.saltinhodapedreira.com.br.

Vale a pena porque:

É um cachorro leal, apegado ao dono e bastante amistoso, especialmente com crianças. Gosta muito de carinho e não é agressivo.

Pense bem:

Os collies são muito peludos, então pelo menos uma vez por semana é preciso escová-los. O melhor é evitar os banhos frequentes e sempre enxugar bem o cachorro para não haver acúmulo de água nos pelos, o que gera fungos.

Pequinês

“Nossa, achava que esta raça não existia mais”. Segundo o diretor educacional Mauricio Soares, esta é uma das frases que mais escuta nas ruas quando passeia com seus dois pequineses, Dodi, de 1 ano, e Ramon, de 9 meses. Mas ele conta que, geralmente, o susto logo dá lugar à nostalgia: “meus avôs tinham um pequinês quando eu era criança” é uma frase que ouve dos mais novos.

Vinda da China e considerada por séculos uma raça sagrada, os pequineses viraram febre no Brasil nas décadas de 1960 e 1970. Para Mauricio, o cruzamento inadequado, gerando descendentes bravos e barulhentos, fez com que o cão desaparecesse.

A experiência é tão positiva que Soares criou um blog (http://dodines.blogspot.com) e organiza um encontro – que acontece hoje, às 10 horas, no Parcão (atrás do Museu Oscar Niemeyer) –, que reúne donos de cães desta raça.

Vale a pena porque:

É ideal para apartamento porque não exige muito espaço e late pouco. Não é um animal bravo e convive bem com outros cães.

Pense bem porque:
Tendem a ser teimosos e podem ter alergias de pele e alterações na coluna. Exigem escovação diária e não gostam de grandes caminhadas.

Dachshund

Sucesso nas décadas de 1980 e 1990, quando foi garoto-propaganda de uma conhecida marca de peças automotivas, o dachshund de pelo liso é a paixão da engenheira Wilza Graneto, que tem três: Nêgo, Vicky e Cacá. “Em 1982, meu namorado, que agora é meu marido, me deu um cãozinho dessa raça, o Pink, e minha reação não poderia ser pior. Quando o vi, achei horroroso e não queria ficar com ele. Só na convivência vi que ele era muito querido e até me empolguei com a ideia de ter mais um em casa, o Scooby.” Wilza não está sozinha. Segundo a médica veterinária e criadora da raça Patricia Romanelli, quem já teve um dachshund, sempre volta a procurar um cão da mesma raça. “Como eles tiveram o auge há mais ou menos 20 anos, basta conversar para ver que muitas pessoas lembram que tiveram ou conhecem alguém que teve um ‘salsichinha’ em casa.”

Vale a pena porque:

São inteligentes, afetuosos, obedientes e muito companheiros dos donos. Não soltam pelos e não demandam grandes cuidados, como tosa e escovação.

Pense bem porque:

São extremamente ciumentos com os donos, não gostam de ficar sozinhos em casa e podem se tornar agressivos. São muito ativos e bagunceiros e têm a mania de roer tudo o que encon¬tram, inclusive sapatos e móveis.

Husky siberiano

Basta a estudante Amanda Giacomet, 21 anos, sair para passear com os huskys siberianos Lunita e Pedro que todas as atenções se voltam para eles. “Muitas pessoas olham e perguntam onde comprei os cães e como é o temperamento deles. Como eles são superdóceis, fazem o maior sucesso com as crianças, que querem passar a mão, brincar e correr com eles”, diz. Sonho das famílias nos anos 1980 e 1990, os huskys siberianos chamaram a atenção de Amanda justamente naquela época. “Quando era criança, uma vizinha tinha um husky e eu o achava tão lindo e educado que queria comprar um quando crescesse.” No ano passado, ela decidiu que era hora de realizar essa vontade. A primeira cachorrinha, Lunita, veio do Peru e agora Amanda faz planos de iniciar uma criação em 2012. “Em fevereiro deste ano, importei um macho dos Estados Unidos, o Pedro, de quatro meses. Estou empolgada para pesquisar ainda mais sobre a raça e participar de competições.”

Amanda mantém um blog sobre huskys siberianos. O endereço é www.jackswolfpack.blogspot.com

Vale a pena porque

É uma raça muito higiênica e independente. Costumam se dar bem com outros cachorros (inclusive de raças diferentes), são dóceis, têm comportamento sociável e se apegam facilmente aos donos.

Pense bem porque:

Precisam de pelo menos 40 minutos de caminhada ou corrida por dia. São cães muito ativos e agitados.

Interatividade

Você se lembra de outra raça de cachorrinho que fez sucesso e agora está sumida?

Conte para nós! O e-mail é cadernoanimal@gazetadopovo.com.br



2 comentários:

  1. Nossa que orgulho virar noticia no Recife também. Obrigado pela postagem.

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    1. Ainda existe o blog sobre Pequinês.
      Como faço pra conseguir seu contato Maurício?

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